Os Doze Pratos
Um príncipe chinês, orgulhava-se de sua coleção de porcelana, de tão rara quão antiga procedência, constituída por doze pratos assinalados por grande beleza artística e decorativa.
Certo dia, o seu zelador, em momento infeliz, deixou que se quebrasse uma das peças. Tomando conhecimento do desastre e possuído pela fúria, o príncipe condenou à morte o dedicado servidor, que fora vítima de uma circunstância fortuita.
A notícia tomou conta do Império, e, ás vésperas da execução do desafortunado servidor, apresentou-se um sábio bastante idoso, que se comprometeu a devolver a ordem à coleção, se o servo fosse perdoado.
Emocionado, o príncipe reuniu sua corte e aceitou a oferenda do venerando ancião. Este solicitou que fossem colocados todos os pratos restantes sobre uma toalha de linho, bordada cuidadosamente, e os pedaços da preciosa porcelana fossem espalhados em volta do móvel.
Atendido na sua solicitação, o sábio acercou-se da mesa e, num gesto inesperado, puxou a toalha com as porcelanas preciosas, atirando-as bruscamente sobre o piso de mármore e arrebentando-as todas.
Ante o estupor que tomou conta do soberano e de sua corte, muito sereno, ele disse:
-- Aí estão, senhor, todos iguais conforme prometi. Agora podeis mandar matar-me. Desde que essas porcelanas valem mais do que as vidas, e considerando-se que sou idoso e já vivi além do que deveria, sacrifico-me em benefício dos que irão morrer no futuro, quando cada uma dessas peças for quebrada. Assim, com a minha existência, pretendo salvar doze vidas, já que elas, diante desses objetos nada valem.
Passado o choque, o príncipe, comovido, libertou o velho e o servo, compreendendo que nada há mais precioso do que a vida em si mesma.
(Joanna de Angelis)
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7 Deixaram aqui suas Palavra(s) de Amor:
BOM DIA!
Que seja belo e doce teu despertar...
Que nele encontre todas as coisas bonitas desta vida...
o canto dos pássaros, o perfume das flores, o sorriso de uma criança, a pureza de um olhar, o calor de um amor...
beijooo.
Carmem, amiga da alma
Me emocionei com este conto.
Valorizamos, às vezes inconscientemente, as coisas materiais, porque apegamos mais a eles.
E deixamos de vcalorizar o ser humano, que é, sem dúvida muito mais valioso, ou melhor, ele não tem preço. Confundimos apego com Amor. às coisas materiais nos apegamos, ao homem, amamos. Só que o valor deles depende de cada um.
Meu Anjo,
Um beijo, sempre de coração,
Jorge
CARMEM LUCIA, fico muito comovido e satisfito por você ter citado Joanna de Angelis, neste seu clássico ensinamento espiritualista.
Um abração carioca e muita luz .
Un saúdo e que pases un bo fin de semana.
Beijos e frores
Bicos e frores
Olá.
O bonito de uma mensagem é quando ela chega de mansinho e nos invade o coração,
com a força dos sentimentos nobres e preciosos.
Muito bonito o seu espaço de sonhos e inspirações, que se justifica pelas sementes de paz multiplicadas pelo mundo.
Excelente história! Gostei muito!
Eu conhecia outra parecida no início, mas com outro final e moral.
"Um servo deixou cair uma gota de café no manto real ao servir uma xícara ao rei (poderia ser ter deixado cair um prato dessa coleção).
O rei, furioso, decretou ali que o servo iria morrer por isto, por ter arruinado o manto mais precioso e feito de rara plumagem e pelagem e jóias.
O servo então, ao ouvir seu destino por causa daquele insidente, jogou o resto do bule de café sobre o manto do rei! (poderia ter sido quebrado o restante dos pratos)
Confuso e inconformado, o rei perguntou por que ele fez aquilo, já que estava sendo punido por morte pelo que fizera antes, ao que o servo respondeu:
- Já que vou morrer mesmo por causa de uma gotinha, que minha morte valha a pena, que seja por um bule inteiro!"
Moral:
a) se estiver um pouco fudido, foda tudo de vez; ou
b) se tiver que fazer algo mal feito ou de errado, que faça bem feito; ou
c)) se for pra levar uma culpa injustamente, e não tiver como se livrar da sentença, pelo menos faça com que sua fama seja devida! rsrs
Carmem, muito sábio o idoso ao transmitir, com sucesso, o maior valor. A vida!
Beijos vitais, flores decorativas e muitos sorrisos lindos, seus é claro. Manoel.
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