Monday, February 08, 2010

O Frio que veio de dentro

Seis homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para poderem receber socorro.

Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Se o fogo apagasse - eles o sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.

O primeiro homem era um racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo:

- "Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro." E guardou-as protegendo-as dos olhares dos demais.

O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um círculo em torno do fogo bruxuleante, um homem da montanha, que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou:

- "Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso?"

O terceiro homem era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensinava. Seu pensamento era muito prático:

- "É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado.

O quarto homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.

Ele pensou:

- "Esta nevasca pode durar vários dias. vou guardar minha lenha."

O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas. Nem lhe passou pela cabeça oferecer da lenha que carregava.

Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.

O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosa das mãos, os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido.

- "Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus gravetos."

Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou.

Ao alvorecer do dia, quando os homens do Socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de Socorro disse:

- "O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro."

(Autor Desconhecido)
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6 Deixaram aqui suas Palavra(s) de Amor:

Elcio Tuiribepi

OI Carmen,nãosei onde você encontra tantas hit´rias e lições de vida,mas sei que quando leioo enunciado alcança minha emoção...e arrepio com cada uma...li uma agorinha no blog da Viviane de arrepiar...muito bonita a história também...
Olha..achei a tal lenda...ela é indiana na verdade...
Se quiser postar qualquer dia...ela nos mostra que as vezes insistimos em enfrentar alguns problemas sempre da mesma forma e não chegamos a solução devida...

Lenda Indiana
Sentados à beira do rio, dois pescadores seguram suas varas à espera de um peixe. De repente gritos de crianças trincam o silêncio. Ambos se assustam, olham em frente, olham para trás. Os gritos continuam e nada. Vêem então que a correnteza trazia duas crianças, pedindo socorro. Os pescadores pulam n’água. Só conseguem salvá-las à custa de grande esforço. Mais berros quando estão prestes a sair do rio. Notam quatro crianças debatendo-se, tentando salvar suas vidinhas. Só conseguem resgatar duas e sentem, além do cansaço a frustração pela perda. Não refeitos, ofegantes, exaustos, escutam uma gritaria ainda muito maior. Desta vez, oito pequenos seres vêm sendo trazidos pela correnteza. Um pula, o outro vira-se e ruma à estrada que acompanha a subida do rio. O amigo grita:
- Você enlouqueceu, não vai me ajudar?
Sem parar o passo, o outro responde:
- Tente fazer o que puder. Vou tentar descobrir quem está jogando as crianças no rio.

Espero que goste...
Um abraço na alma...bjo...bom inicio de semana ok...

Dr. do absurdo

Pois é, é o egoísmo e a falta de Deus que os impediu até de salvarem suas próprias peles...

abração

Vivian

...a maldita avareza,
e egocentrismo leva o
homem ao caos.

que triste verdade...

beijo, querida!

Jorge

Carmem,
profunda história e triste ao mesmo tempo.
O homem, por mais inteligente seja, por mais que siga religiões, ainda tem grandes dificuldades em si mesmos.
E só tomando consciência estará em condições de superar-se.

Meu Anjo, este teu cantinho, tão luminoso e cheio de vibrações de amor, a todos nos envolve fazendo-nos um enorme bem.Eu me sinto muito bem aqui.
Obrigado pelo teu cantinho que nos recebe sempre com portas abertas de alegria e paz!!!

Um beijo, de coração
deste teu fã,
Jorge

RESILIÊNCIA

Carmen


Linda a mensagem, profundo o ensinamento...parabéns. um grande abraço

Anonymous

Carmem, esse frio interno é o que mais mata. Muito bonita a postagem. Será que alguém, apos a leitura, ainda terá dúvidas do calor da solidariedade?
Beijos solidários, flores decorativas e ,sempre muitos sorrisos seus. Manoel.

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