Se Eu Voltasse a Nascer!

Há algum tempo alguém me perguntou se eu mudaria algo em caso que tivesse a oportunidade de voltar a nascer.

Não, respondi; no entanto, comecei a pensar...

Se voltasse a nascer, falaria menos e escutaria mais.
Convidaria a meus amigos para jantar mesmo quando a toalha da mesa estivesse manchada e o sofá despintado.
Comeria bolinhos de milho na sala "elegante" e me preocuparia muito menos pela sujeira quando alguém quisesse acender a chaminé.
Dedicaria um tempo para escutar ao avô divagar sobre sua juventude.
Nunca insistiria em que subissem as janelas do carro em um dia de verão, só porque meu cabelo estivesse recém penteado.
Acenderia a vela em forma de rosa antes que se derretesse de tanto estar guardada.
Sentaria na grama com meus filhos sem me preocupar das manchas que esta pudesse deixar em minha roupa.
Choraria e sorriria menos diante do televisor... e mais diante da vida.
Compartiria mais responsabilidades com meu esposo.
Iria descansar quando me sentisse doente, em lugar de pretender que a Terra parasse se eu não estivesse em atividade.
Nunca compraria algo só porque fosse prático, porque dissimularia a sujeira ou porque tivesse garantia por toda a vida.
No lugar de desejar que terminassem de uma vez por todas os nove meses de gravidez, disfrutaria cada momento e admitiria que a maravilha que cresce dentro de mim é minha única oportunidade na vida para ajudar a Deus a realizar um milagre.
Se meus pequenos me beijassem impetuosamente, nunca lhes diria "Mais tarde. Agora lavem-se para o jantar".
Diria mais frequentemente: "eu te amo", "sinto muito"; mas, mais que qualquer outra coisa, daria outra oportunidade à vida, capturaria cada minuto... não somente a veria, mas também realmente olharia para ela... a viveria... e nunca a devolveria.

(Erma Bombeck)

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