Ficar grávida estando grávida?

Julia Grovenburg vai dar a luz em Dezembro deste ano e em Janeiro do próximo.

Ela, que vive em Arkansas está carregando no ventre dois fetos concebidos com uma diferença de 2 semanas e meia, mas acreditem, ela não é a primeira mulher que diz haver engravidado já estando grávida de outro bebê.

Este fenômeno é chamado “superfetação”, que é a fertilização exitosa de um mesmo óvulo liberado durante a evolução da gravidez que dá, como resultado, a concepção de gêmeos idênticos com distintas idades getacionais. Acredita-se que este fenônemo deve-se à continuidade da ovulação, apesar de já haver-se iniciado uma gravidez. Não se deve confundir, no entanto, com superfecundação, onde dois óvulos distintos são fecundados.

Alguns pesquisadores dizem que a superfetação no caso de Julia é duvidosa. Eles dizem que o mais provável é que ela esteja carregando dentro de si gêmeos idênticos com diferente desenvolvimento com relação ao tamanho.

Seja o que for que digam os pesquisadores, Julia e seu esposo, Todd, acreditam na superfetação já que, segundo eles, e o médico obstetra que a acompanha e de acordo com os ultrasons realizados, os bebês sim, apresentam uma diferença de desenvolvimento gestacional de 2 semanas e 4 dias, exatamente.

Como não podia deixar de ser, há gente que diz que o casal está forçando a história de superfetação por causa da repercução internacional que poderia ter, em caso de ser verdade. Julia, no entanto, desmente esta versão dizendo que isso é simplesmente “...ridículo. Nós esperamos cinco meses para trazer esta história a público até ter tido a confirmação de que a nossa suspeita era real, uma possibilidade real e não somente algo de nossas cabeças. Agora que os médicos dizem que é uma possibilidade verdadeira, é que decidimos contar nossa história”.

A razão para a incredulidade dos pesquisadores se baseia na biologia que explica que quando uma mulher engravida, há uma mudança hormonal poderosa que previne a fertilização e implantação de um segundo embrião, inclusive em circunstâncias raras quando a mulher ovula duas vezes durante o ciclo menstrual.

A literatura médica fala de superfetação de uma forma mais subjetiva do que científica. Alguns pesquisadores dizem que há aproximadamente 10 casos confirmados do fenômeno e o médico de Julia acredita que ela pode juntar-se a estes casos também, já que segundo ele, os gêmeos parecem ter uma discordância nos padrões de crescimento, o que só seria possível no caso de superfetação, uma condição rara, mas de possibilidades reais.

Na realidade a veracidade deste fato só poderá ser confirmada após o nascimento dos bebês com estudos do metabolismo e cromossômicos dos mesmos.

Uma amniosintese poderia confirmar a superfetação, mas o casal decidiu não realizar o exame devido ao perigo que pode causar aos fetos. No entanto, disseram que vão sim, permitir que os bebês sejam estudados e testados após o nascimento para determinar se eles são gêmeos idênticos crescendo em diferentes padrões ou o resultado de duas fertilizações ocorridas com duas semanas de diferença.

Eu particularmente não conheço nada deste assunto, mas se o caso existe na literatura médica, embora raro, a possibilidade de que seja real deve ser levada em conta, afinal para que tenham havido 10 casos confirmados foi preciso que eles acontecessem realmente, senão, como teriam sido identificados? (risos)

Muitos beijos, flores e muitos sorrisos... sempre!

Pic by TODAY


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