Hoje quero começar a semana fazendo um protesto e convidando a todos a um momento de reflexao! Vamos falar de pesos e medidas...
Entre estar levemente acima do peso ideal, e estar obesa, há uma distância, eu diria, quilométrica... sao duas coisas absolutamente diferentes, uma vez que a primeira está relacionada quase em um 100% à estética, e a segunda relaciona-se principalmente à saúde, esta sim, devendo ser rigorosamente cuidada por ser uma enfermidade causadora de tantas outras...
No mundo em que a forma prevalece mais que o conteúdo, o estar um pouco fora do "modelo ideal" é algo que incomoda, e nao somente a quem carrega em si uns quilinhos extras, mas também, e principalmente, aos demais, muitos dos quais, inclusive, nem tao dentro da "forma" assim (ou para mais ou para menos)...
Eu sou mae... duas vezes mae... aliás, recentemente mae, e como tal, tenho corpo de mae, de uma mae normal, nao destas que aparecem na televisao que sao absolutamente "perfeitas" em suas formas físicas, Deus sabe a custas de que, de remédios, ou sabe-se lá o que mais... E digo mais, tenho a sorte de escutar do homem que amo, que sou "a mamae mais linda do mundo" (que sorte esta minha...)... Uns quilinhos a mais? Sim, mas isso nao deveria ser um inconveniente, principalmente porque procuro fazer pelo menos uma hora de exercícios aeróbicos todos os dias, como forma de manter "em forma" o coraçao, os pulmoes, a pressao arterial e outras coisinhas mais que fazem com que o corpo funcione em perfeito estado... Mas eis que surge um problema...
O problema está em encontrar-me com um amigo, um conhecido, alguém por quem tenha estima depois de muitos meses sem vê-lo e a primeira coisa a escutar, antes mesmo de um "Olá! Como está? Há quanto tempo! Que saudade!", ser: "Carmem, como você está gorda!" (e saber que naquele entao, estava com tao somente 5 quilinhos a mais do que deveria, ou do que acham que eu deveria)...
E como Voltaire uma vez disse que "as palavras ferem e o tom, mais ainda", confesso que às vezes dá uma raivinha, uma pontinha de tristeza lá no cantinho do peito e começo a pensar: "
Será que valho pelo que sou, ou pelo que aparento ser?"... Neste caso eu devia valer mais, por pesar mais, mas parece que neste problema, tudo funciona de forma diretamente inversa, quanto mais peso, menos valor, quanto menos peso, mais valor, ou algo por aí...
Isso me fez lembrar de um e-mail que me enviaram há algum tempo que falava das baleias e das sereias... Dizia a história que em um outdoor de uma academia de ginástica, com a foto de uma mulher exuberante, havia uma inscriçao que dizia: "neste verao, você quer ser baleia, ou sereia?" e alguém que viu e ficou indignado com tamanha falta de sensibilidade, escreveu uma resposta que, resumindo, dizia mais ou menos que "as baleias sao fofinhas, sao bonitas, sao amadas, bem resolvidas sexualmente, sao inteligentes, têm filhotes lindos e fofinhos, encantam a todos... as sereias, sao frustradas porque todos os homens a quem seduzem, matam, e por isso vivem em constante tristeza..." e por aí seguia a história...
O meu protesto hoje está em querer fazer com que reflitamos sobre qual deve ser a Verdadeira Beleza de um Ser Humano e por isso trasncrevo aqui um texto que publiquei há alguns meses lá no
meu outro blog que fala da fonte da Beleza Verdadeira, aquela que vai mais além da simples aparência física...
Até porque...
Sereias nao existem!
Retirado daqui"A fonte de Beleza está na Alma, que, se pura, límpido será o olhar.
A Beleza nao está na forma, mas na alma.
Uma das coisas que avaliam a Beleza do Ser Humano é o modo como está expresso seu conteúdo, e a outra, consiste em que tipo de conteúdo é expressado em seu rosto.
A virtude interna é que determina a Beleza de uma pessoa.
As pessoas boas e caridosas deixam transparecer uma Beleza profunda.
As pessoas sábias uma Beleza lúcida.
É suave a feiçao da pessoa que tem o coraçao puro.
No entanto, a Beleza de quem possui um coraçao impuro é áspera como a flor do cardo.
Seja qual for o aspecto congênito, o que torna atraente a pessoa é a Beleza que está por trás da forma, o seu conteúdo."
(Masaharu Tanigushi)