Thursday, December 30, 2004

O (Re)Começo


picture from sabedoriadosmestres.com

Não há desespero para quem pensa:
"Estou apenas começando".
Mesmo que esteja agora enfrentando dificuldades
Não perca a coragem
Mesmo que tenha alcançado êxito ou conhecimentos
Saiba que ainda pode melhorar mais...
Na expressão "estou apenas começando"...
Está intriseca a força para melhorar muito mais ainda!!!
+++++++++++++++++++
Amigos, leitores, visitantes, companheiros de blogosfera... A todos vós, desejo um Ano Novo de eterno (Re)Começo... Acredito que a oportunidade de estar sempre (re)começando é o que faz a vida ser tao bela, tao prazerosa em vivê-la e senti-la.
A todos um beijo e um abraço apertado, com muito carinho pelo apoio, gentileza e palavras amigas.
FELIZ ANO NOVO!
FELIZ VIDA!
Sao meus desejos sinceros,
Carmem Lúcia Vilanova

Tuesday, December 28, 2004

A CANÇÃO DA VIDA

A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio...
A vida múltipla
dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti:
Como eu sou bela
amor!
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar!
Não vás ficar
não vás ficar aí...
como um salso chorando
na beira do rio...
(Como a vida é bela! como a vida é louca!)

(Mario Quintana, do livro "Esconderijos do Tempo")

Monday, December 27, 2004

VOLTEI!


picture from nfac.de

Voltei! Quantas lembranças revividas!
Quantos sonhos que há muito já sonhei...
Aqui, o velho muro onde deixei
as velhas datas que me são queridas...

Ali, o campo; adiante, onde eu brinquei:
- o quintal... o regato... as margaridas...
Tudo meras visões, hoje perdidas,
- de uma história de fada onde eu fui rei...

Voltei! Que estranho misto de tristeza
e de alegria, encheu-me o peito, quando
revi da infância a antiga natureza...

Que dor no entanto sepultei comigo,
ao ver que o tempo, a sós, vai apagando
a história azul daquele mundo antigo!...
(J.G. de Araujo Jorge)

Thursday, December 23, 2004

Natal na Ilha do Nanja


picture from webshots.com

Na Ilha do Nanja, o Natal continua a ser maravilhoso. Lá ninguém celebra o Natal como o aniversário do Menino Jesus, mas sim como o verdadeiro dia do seu nascimento. Todos os anos o Menino Jesus nasce, naquela data, como nascem no horizonte, todos os dias e todas as noites, o sol e a lua e as estrelas e os planetas. Na Ilha do Nanja, as pessoas levam o ano inteiro esperando pela chegada do Natal. Sofrem doenças, necessidades, desgostos como se andassem sob uma chuva de flores, porque o Natal chega: e, com ele, a esperança, o consolo, a certeza do Bem, da Justiça, do Amor. Na Ilha do Nanja, as pessoas acreditam nessas palavras que antigamente se denominavam "substantivos próprios" e se escreviam com letras maiúsculas. Lá, elas continuam a ser denominadas e escritas assim.

Na Ilha do Nanja, pelo Natal, todos vestem uma roupinha nova - mas uma roupinha barata, pois é gente pobre - apenas pelo decoro de participar de uma festa que eles acham ser a maior da humanidade. Além da roupinha nova, melhoram um pouco a janta, porque nós, humanos, quase sempre associamos à alegria da alma um certo bem-estar físico, geralmente representado por um pouco de doce e um pouco de vinho. Tudo, porém, moderadamente, pois essa gente da Ilha do Nanja é muito sóbria.

Durante o Natal, na Ilha do Nanja, ninguém ofende o seu vizinho - antes, todos se saúdam com grande cortesia, e uns dizem e outros respondem no mesmo tom celestial: "Boas Festas! Boas Festas!"

E ninguém, pede contribuições especiais, nem abonos nem presentes - mesmo porque se isso acontecesse, Jesus não nasceria. Como podia Jesus nascer num clima de tal sofreguidão? Ninguém pede nada. Mas todos dão qualquer coisa, uns mais, outros menos, porque todos se sentem felizes, e a felicidade não é pedir nem receber: a felicidade é dar. Pode-se dar uma flor, um pintinho, um caramujo, um peixe - trata-se de uma ilha, com praias e pescadores ! - uma cestinha de ovos, um queijo, um pote de mel... É como se a Ilha toda fosse um presepe. Há mesmo quem dê um carneirinho, um pombo, um verso! Foi lá que me ofereceram, certa vez, um raio de sol!

Na Ilha de Nanja, passa-se o ano inteiro com o coração repleto das alegrias do Natal. Essas alegrias só esmorecem um pouco pela Semana Santa, quando de repente se fica em dúvida sobre a vitória das Trevas e o fim de Deus. Mas logo rompe a Aleluia, vê-se a luz gloriosa do Céu brilhar de novo, e todos voltam para o seu trabalho a cantar, ainda com lágrimas nos olhos.

Na Ilha do Nanja é assim. Arvores de Natal não existem por lá. As crianças brincam com. pedrinhas, areia, formigas: não sabem que há pistolas, armas nucleares, bombas de 200 megatons. Se soubessem disso, choravam. Lá também ninguém lê histórias em quadrinhos. E tudo é muito mais maravilhoso, em sua ingenuidade. Os mortos vêm cantar com os vivos, nas grandes festas, porque Deus imortaliza, reúne, e faz deste mundo e de todos os outros uma coisa só.

É assim que se pensa na Ilha do Nanja, onde agora se festeja o Natal.

Cecília Meireles

Meus novos e queridos amigos da "blogosfera", eu gostaria de agradecer imenso pela amizade, dedicaçao e carinho que venho recebendo de vós. Nao há no Universo palavras que possam expressar o que sinto em meu coraçao.
Desejo a todos um FELIZ NATAL
e um ANO NOVO
cheio de AMOR e PROSPERIDADE.
E que o ESPÍRITO DA PAZ sobrevoe vossos lares e pouse em vossos coraçoes.
Beijos muitos,
Carmem Lucia Vilanova

Tuesday, December 21, 2004

Only You!

Only you can make this world seem right
Only you can make the darkness bright
Only you and you alone
Can thrill me like you do
And fill my heart with love for only you
Only you can make this change in me
For it's true, you are my destiny
When you hold my hand
I understand the magic that you do
You're my dream come true
My one and only you.
+++++++++++++++++++++

Esta cançao eu dedico a todas as pessoas que fazem a minha vida mais bonita, por seu Amor, sua Amizade, seu Carinho, todas aquelas pessoas, Família e Amigos (virtuais ou nao), todos aqueles que visitam este meu pequeno espaço e deixam suas palavras de carinho e incentivo e que fazem o meu mundo parecer perfeito!
A todos, um grande beijo do fundo do coraçao!
Carmem Lúcia Vilanova

Sunday, December 19, 2004

6 Meses de Alegria Imensa

Hace 6 meses nuestras vidas se puso aún más feliz!
Hoy día felicitamos a nuestra muñequita linda por sus primeros 6 meses de vida!
Felicitaciones Carmen Letícia! Nuestra Bebita Linda!
Gracias por llenar nuestras vidas con tanto Amor, Luz, Armonía, Felicidad y Paz!
MUÑEQUITA LINDA
Te quiero dijiste
Tomando mis manos
Entre tus manos
De blanco marfil

Y sentí en mi pecho
Un fuerte latido
Después un suspiro
Y luego el chasquido
De un beso febril


Muñequita linda
De cabellos de oro
De dientes de perla
Labios de rubí



Dime que me quieres
Como yo te adoro
Si de mi te acuerdas
Como yo de ti



A veces escucho
Un eco divino
Que envuelto en la brisa
Parece decir

Sí te quiero mucho
Mucho mucho mucho
Tanto como entonces
Siempre hasta el morir

Friday, December 17, 2004

Por quê?

Por que tristezas?
A vida é bela!
Por que desistir?
A vida é uma continuação!
Por que lágrimas?
A vida é um sorriso!
Por que amarguras?
A vida é uma canção!
Por que ódio?
A Vida foi feita para amar!
Por que intrigas?
A vida é Paz!
Por que blasfemar?
A vida foi feita para orar!
Por que mentir?
A vida é uma verdade!


picture from fegovi.com

Por que sentir-se pobre?
A vida é uma riqueza!
Por que sofrer?
A vida é superação!
Por que temer?
A vida é feita de Fé!
Por que fracassos?
A vida é uma grande vitória!
Por que ofender-se?
A vida é perdão!
Por que ser infeliz?
A vida é uma grande felicidade!
Por que problemas?
A vida é uma grande solução!
Por que trevas?
A vida já é Luz!

Thursday, December 16, 2004

Branco


picture from nfac.de

Branco da infinita paz sombreada na margem cristalina de um lago enfeitiçado
Cisne encantado com seu olhar perdido na sua pluma esvoaçante
Puro sorriso de um desbravador de emoções
Pedaços de papéis voando pelos ares infinitos.
Sorvetes bicolores derretidos nas mãos macias
Flores encantadas dos jardins misteriosos de dias ensolarados.
Corpos no balanço suave das nuvens flutuantes
Devaneios clareados pela luz da estrela com sua cor estonteante.
Branco alvo e intenso nos sorrisos incessantes de um coração na luta permanente de um amor sincero...

Débora Villela Petrin

Wednesday, December 15, 2004

Cartas de Amor


picture from webshots.com

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por iso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).

(Álvaro de Campos / Fernando Pessoa)

Tuesday, December 14, 2004

Como Viver 200 Anos


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Vá a mais lugares
Abrace mais amigos
Dance mais
Diga menos naos
Invente menos problemas
Coma mais sobremesas
Ria mais de si mesmo
Plante uma árvore
Tire mais fotos
Visite o fundo do mar
E o topo de uma montanha
Beije mais
Conte mais piadas
Apaixone-se mais vezes...
Mesmo que seja sempre pela mesma pessoa.

Monday, December 13, 2004


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Precisa-se de um Homem
Que encare a vida de frente
E sem querer ser super-herói
Voe com serenidade nas asas do seu destino.
Precisa-se deste homem especial e comum
Que nunca simule afeiçao, en trapaceie
Com os meus sentimentos
Que saiba confuzir-me com doçura
Que saiba orientar-se com inteligência
Mas que aceite com humildade
Os desígnios do meu ser.
Ele deve ser alto - da altura de sua dignidade
E belo - como a beleza do seu caráter
Sua ambiçao deverá ter a medida exata
Do alcance de seus dedos - e de seus sonhos.
Precisa-se urgentemente desse deus-menino
Para por festa no meu coraçao
Atear foto no meu corpo
Afogar-se nos meus braços
E salvar por fim do aniquilamento
Resgatando nossas vidas
Com tributo de um AMOR TOTAL.

Friday, December 10, 2004

Os Poemas

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.


picture from nfac.de

Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

(Mario Quintana - Esconderijos do Tempo)

Tuesday, December 07, 2004

Filosofia (por Ascenso Ferreira)


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Hora de comer ... comer!

Hora de dormir ... dormir!

Hora de vadiar ... vadiar!

Hora de trabalhar?

... Pernas pro ar que ninguém é de ferro!

Poeta pernambucano, Ascenso Ferreira, nascido em 1895, começou a atividade literária enganado: compunha sonetos, baladas e madrigais. Depois da "Semana de Arte Moderna" e sob a influência de Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira e de Mário de Andrade, tomou rumos novos e achou um caminho que o conduziria a uma situação de relevo nas letras pernambucanas e nacionais. Voltou-se para os temas regionais de sua terra, hoje reunidos no livro "Poemas", prefaciado por Manuel Bandeira. Distingue-se não pela quantidade, mas pela qualidade, atingindo não raro efeitos novos, originais, imprevistos, em matéria de humorismo e sátira.

Monday, December 06, 2004

This is the miracle that happens every time to those who really love: the more they give, the more they possess of that precious, nourishing love from which flowers and children have their strength and which could help all human beings if they would take it without doubting.

- RAINER MARIA RILKE

Saturday, December 04, 2004

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¿Qué oscuros secretos habitan en tu silencio?
¿Qué sagrados misterios se ocultan en tu mirada fría y lejana?
Silencio que daña, lastima, que grita la inquietud que llevas en los recintos más profundos de tu alma, mi alma...
Déjame ser Paz en tu ser...
Alegría en tu vivir...
Luz en tu sonrisa...
Dulce esperanza mía...

Friday, December 03, 2004

Amar


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Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
e o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

(Carlos Drummond de Andrade)

Thursday, December 02, 2004

Desiderata


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Sigue placidamente, entre a inquietude e a pressa,
e lembra-te da paz que pode haver no silêncio.

Tanto quanto possível, sem humilhar-te,
mantém boas relações com todas as pessoas.

Fala a tua verdade mansa e claramente e ouve a dos outros,
mesmo a dos insensatos e ignorantes,
pois também eles têm sua própria história.

Evita as pessoas escandalosas e agressivas;
elas afligem o nosso espírito.

Se te comparas aos outros,
podderás tornar-te presunçoso e magoado,
pois haverá sempre alguém superior
e alguém inferior a ti.

LEMBRA-TE SEMPRE QUE TU ÉS FILHO DO UNIVERSO,
IRMÃO DAS ESTRELAS E ÁRVORES.
E QUE MERECES ESTAR AQUI.
E mesmo sem que percebas,
a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.

Desfruta das tuas realizações, bem como dos teus planos.

Mantém-te interessado em tua carreira,
ainda que humilde, pois ela é um ganho real
na fortuna cambiante do tempo.

Tem cautela nos negócios,
pois o mundo está cheio de astúcia;
mas não te tornes um cético, pois a virtude sempre existirá.
Muita gente luta por altos ideais
e em toda parte a vida está cheia de heroísmos.

Sê tu mesmo.
Principalmente, não simules afeição,
nem sejas descrente do amor,
porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto,
ele é tão perene quanto a relva.

Aceita com carinho o conselho dos mais velhos
e sê compreensivo com os
arroubos inovadores da juventude.

Alimenta a força do espírito
que te protegerá no infortúnio inesperado,
mas não te desesperes com perigos imaginários.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão,
e, a despeito de uma disciplina rigorosa,
sê gentil contigo mesmo.

Portanto, fica em paz com Deus,
como quer que O concebas.

E quaisquer que sejam teus trabalhos
e aspirações na fatigante confusão da vida,
mantém-te em paz com tua alma.

APESAR DE TODAS AS FALSIDADES,
FADIGAS E DESENCANTOS,
O MUNDO AINDA É BELO!

SÊ PRUDENTE E EMPENHA-TE EM SER FELIZ !!

O texto acima tem sido divulgado na Internet como sendo uma antiga inscrição, datada de 1692, descoberta em uma igreja de Baltimore - EUA, no entando esta informaçao nao é verdadeira. O seu verdadeiro autor é o advogado e escritor Max Ehrmann (1872-1945) e data de 1927. Veja abaixo o que vem causando este equívoco por tanto tempo:

Almost every copy of Desiderata carries the claim that the original was found in Old Saint Paul's Church in Baltimore in 1692. It's comforting to believe that some truths are universal, that the beauty of the human spirit is unchanging, ever present, and inviolate. A poem rife with applicability in today's world being found in a church so many centuries ago supports those comforting beliefs. That it's an unsigned piece makes it all the more beautiful: one sees these inspirational words as the anonymous writer's gift to the world. His humility kept him from signing it . . . and maybe there's another lesson for us in that.

As pureheartedly meaningful as its words are, Desiderata's history doesn't quite match up with the fable built around it. The poem wasn't penned by one of our nameless ancestors many centuries ago; it was written in 1927 by Max Ehrmann (1872-1945). This selfless writer of many centuries ago was actually a lawyer from Terre Haute, Indiana. Like most of Ehrmann's writings, Desiderata failed to attract much attention during his lifetime; three years after his death, his widow had it and some of his other works published as The Poems of Max Ehrmann.

Confusion over Desiderata's authorship arose in 1956 when a Maryland pastor used the poem in a collection of mimeographed material for the congregation of Old St. Paul's Church in Baltimore. He'd been fond of essays and poems of an inspirational nature, and it was often his practice to mimeograph writings he liked, form them into booklets, and place them in pews around the church. The Desiderata booklet was printed on letterhead emblazoned "Old St. Paul's Church, Baltimore, A.D. 1692" (the year of the church's founding).

Some member of that congregation must have liked the poem well enough to pass along to a friend. From there it passed through many hands, along the way losing the attribution to Max Ehrmann and gaining -- through a muddling of the letterhead's message -- the claim that the work itself had been discovered in Old St. Paul's church in 1692.

The poem then found a foothold in California, where San Francisco's "flower children" embraced it delightedly as a centuries-old affirmation of their philosophy of love and peace. From there it spread as underground printers, thinking they were dealing with a work in the public domain, started cranking out inexpensive posters.

The piece hit a new level of popularity after a copy was found on Adlai Stevenson's bedside table when he died in 1965. He'd been intending to use the "ancient" poem in his Christmas cards.

The spoken version of Desiderata earned a Grammy award for Les Crane in 1971. Like many others, he'd seen the words on a poster and mistakenly thought them to be in the public domain. That error cost him -- he was later forced to share the royalties with the late Ehrmann's family. (Ehrmann's original 1927 copyright was renewed in 1954 by Bertha Ehrmann, and is now held by Robert L. Bell of Sarasota, Florida.) It seems Crane had failed to heed the poem's exhortation to "exercise caution in your business affairs."

Eis o poema original:

DESIDERATA


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Go placidly amid the noise and haste,
and remember what peace there may be in silence.
As far as possible without surrender
be on good terms with all persons.

Speak your truth quietly and clearly;
and listen to others,
even the dull and ignorant,
they too have their story.

Avoid loud and aggressive persons,
they are vexations to the spirit.
If you compare yourself with others,
you may become vain and bitter;
for always there will be greater and lesser persons than yourself.

Enjoy your achievements as well as your plans.
Keep interested in your own career,
however humble, it is a real possession
in the changing fortunes of time.

Exercise caution in your business affairs;
for the world is full of trickery.
But let this not blind you to what virtue there is;
many persons strive for high ideals;
and everywhere life is full of heroism.

Be yourself. Especially, do not feign affection.
Neither be cynical about love;
for in the face of all aridity and disenchantment
it is perennial as the grass.

Take kindly the counsel of the years,
gracefully surrendering the things of youth.
Nurture strength of spirit to shield you in face of sudden misfortune.
But do not distress yourself with dark imaginings.
Many fears are born of fatigue and loneliness.

Beyond a wholesome discipline, be gentle with yourself.
You are a child of the universe,
no less than the trees and the stars;
you have a right to be here.
And whether or not it is clear to you,
no doubt the universe is unfolding as it should.

Therefore be at peace with God,
whatever you conceive him to be,
and whatever your labors and aspirations,
in the noisy confusion of life keep peace with your soul.
With all its sham, drudgery and broken dreams,
it is still a beautiful world.

Be careful. Strive to be happy.

By Max Ehrmann, 1927.

Wednesday, December 01, 2004

Alfonsina y el mar...


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Por la blanda arena que lame el mar
tu pequeña huella no vuelve más,
un sendero sólo de pena y silencio llegó
hasta el agua profunda.
Un sendero sólo de penas mudas llegó
hasta la espuma.

Sabe Dios qué angustia te acompañó,
qué dolores viejos calló tu voz,
para recostarte arrullada en el canto de las
caracolas marinas.
La canción que canta en el fondo oscuro del mar
la caracola.

Te vas Alfonsina, con tu soledad.
¿Qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el pecho y te está llamando.
Y te vas hacia allá, como en sueños,
dormida, Alfonsina, vestida de mar.

Cinco sirenitas te llevarán
por caminos de algas y de coral,
y fosforescentes caballos marinos harán
una ronda a tu lado,
y los habitantes del agua van a jugar
pronto a tu lado.

Bájame la lámpara un poco más,
déjame que duerma, nodriza, en paz,
y si llama él no le digas que estoy, dile que
Alfonsina no vuelve.
Y si llama él no le digas nunca que estoy,
di que me he ido.

Te vas Alfonsina, con tu soledad.
¿Qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el alma y te está llamando.
Y te vas hacia allá, como en sueños,
dormida, Alfonsina, vestida de mar.

"Alfonsina y el mar" es una canción con letra de Félix Luna dedicada a la poetisa argentina Alfonsina Storni, que acabó con su vida ahogándose en el mar.

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